sexta-feira, 17 de abril de 2009

Prece para Yemanjá

Nosso sincretismo religioso brasileiro, faz parte da nossa identidade cultural. Eu, me vejo neste contexto. Na minha infância aprendi a cultuar Nossa Senhora de Guadalupe, da mesma forma, minha protetora - Yemanjá. Neste sentido, a prece que editei abaixo, mostra todo o sincretismo cultural envolvendo conceitos usados nas orações católicas e da umbanda. Dedico esta prece à Yemanjá, e a divido com vocês!
Deusa das Águas, juntamente com sua corte de sereias, ondinas e ninfas, caboclas do mar e espíritos aquáticos, lava as impurezas da mente daqueles que, afastados dos nobres ensinamentos do mestre Oxalá, guiados pelo instinto animal, procedam mal, intentando toda sorte de maldades contra o semelhante, para que, purificados em seus sentimentos, entrevejam e se conscientizem de que somos todos células do mesmo organismo social, humano, divino e, enquanto existir uma célula doente, o corpo todo não está sadio.

Mãe Universal, faça que todos se irmanem nos mesmos ideais e sentimentos cristãos de fraternidade, união e compreensão; que os companheiros que forem às praias para te homenagearem, o façam com todo respeito, afeto e carinho e, acima de tudo, com esperança de um futuro melhor para o gênero humano, sem mágoas, ódios ou ressentimentos, mas com amor, a única semente capaz de gerar bons frutos, sê, querida Sereia, a base devocional de nossa estimada Umbanda, fazendo-a progredir para o bem comum; que todos, na praia, à beira de teu encantado Reino líquido, se dêem as mãos e se unam em bondade, caridade e amor uns aos outros para, limpos das impurezas dos vícios e imperfeições materiais, estejam aptos a alcançarem o plano angélico, a meta mais próxima do estágio humano, para breve podermos nos integrar na Mente Divina em Sua glória e onipotência . Por: ORPHANAKE, Edson - do livro, Iemanjá - Ilustração, estudos religiosos - www.tcarros.com.br/EXU.

domingo, 12 de abril de 2009

Poesia de autor ausente

Não mais que...De repente!


de repente,

Você se faz,
presente,

Nesse universo
de ausentes,

Não mais,
que,
de repente,

Você emerge,
presente!

Ass. Um Observador




(poesia, dedicada a esse m comentários - soneto de separação)

Soneto de Separação

Composição: Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

sábado, 11 de abril de 2009

Poesia de Paulo Leminski

Poemetos

II

Vim pelo caminho difícil,

a linha que nunca termina

a linha bate na pedra,

a palavra quebra uma esquina

mínima linha vazia,

a linha, uma vida inteira,

palavra, palavra minha.